quinta-feira, 8 de abril de 2010

' Obesidade

A obesidade é o maior problema de saúde da atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais, tem etiologia hereditária (filhos de pais obesos tem 80 a 90% de probabilidade de serem obesos) e consiste em uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. O peso excessivo causa problemas psicológicos, frustrações, infelicidade e uma variedade enorme de doenças, como doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2, apnéia do sono e osteoartrite.. O aumento da obesidade está relacionada com o sedentarismo, a disponibilidade atual de alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual.
Com todas as suas carências, 40% da população brasileira (mais de 65 milhões de pessoas) está com excesso de peso e 10% dos adultos (cerca de 10 milhões) são obesos. A tendência é mais acentuada entre as mulheres (12% a 13%) do que entre os homens (7% a 8%).
A obesidade pode ser definida em termos relativamente absolutos. Ela é avaliada das seguintes formas:
  • Índice de Massa Corporal (IMC): calculado dividindo o peso (kg) do indivíduo pelo quadrado de sua altura (m²).
  • Cincunferência da cintura: a circunferência absoluta (>102 cm para homens e >88 cm para mulheres) e o índice cintura-quadril (>0.9 para homens e >0.85 para mulheres) são utilizados como medidas da obesidade central.
  •  Medição de gordura corpórea: homens com mais de 25% de gordura e mulheres com mais de 30% de gordura são obesos. O método mais aceito é a pesagem do indivíduo debaixo d'água.
  • Fatores de risco e co-morbidades: a presença de fatores de risco e outras doenças também é utilizada no diagnóstico da obesidade.
 Classificação da obesidade
  • Obesidade difusa ou generalizada;
  • Obesidade andróide ou troncular: forma corporal tendendo a maçã;
  • Obesidade ginecóide: deposição de gordura predomina no quadril.
O peso do indivíduo deve variar de acordo com a sua altura, o que faz com que sejam estabelecidos limites inferiores e superiores.

Como evitar a obesidade
  • Faça um diário alimentar e anote tudo o que você come.
  • Obedeça rigorosamente ao horário das refeições, comendo com intervalos de 4 a 5 horas.
  • Jamais pule refeições.
  • Quando, fora dos horários, surgir a vontade de comer, busque uma alternativa (caminhada, exercícios físicos etc.) que reduza a ansiedade.
  • Antes de cada refeição, planeje o que você vai comer e prepare cuidadosamente a mesa e o prato.
  • Preste a máxima atenção ao ato de comer. Não coma enquanto lê ou assiste televisão.
  • Mastigue bem e descanse o garfo entre cada bocada. Isso ajuda a controlar a ansiedade.
  • Jamais faça compras em supermercados de estômago vazio, para não encher o carrinho com guloseimas.
  • Não estoque comidas tentadoras (doces, sorvetes, salgadinhos) em casa. Tenha sempre à mão opções saudáveis.
  • Não vá a festas de estômago vazio. Se, chegando lá, você não resistir à tentação de comer alguma coisa, escolha aquilo de que mais gosta e dispense o resto.
Tratamento da obesidade
O principal tratamento para a obesidade é a redução da gordura corporal por meio de adequação da dieta e o aumento do exercício físico. Nem todos ficam satisfeitos com esses resultados, mas até a perda de 5% da massa pode contribuir significativamente para a saúde. Mais difícil do que perder peso, é manter o peso reduzido. Infelizmente, entre 85% e 95 %, daqueles que perdem 10% ou mais de sua massa corporal, recuperam todo o peso perdido em dois a cinco anos. Existem cinco recomendações para o tratamento clínico da obesidade:
  • Pessoas com IMC acima de 30 devem ser iniciadas num programa de dieta de redução calórica, exercício e outras intervenções comportamentais e estabelecer objetivos realístas de perda de peso.
  • Se os objetivos não forem alcançados, terapia farmacêutica pode ser oferecida. O paciente deve ser informado da possibilidade de efeitos colaterais e da inexistência de dados sobre a segurança e eficácia de tais medicamentos no longo prazo.
  • Terapia farmacêutica pode incluir sibutramina, orlistat, fentermina, dietilpropiona, fluoxetina e bupropiona. Para casos mais severos de obesidade, medicamentos mais fortes como anfetaminas e  metanfetaminas podem ser usadas seletivamente.
  • Pacientes com IMC acima de 40 que não alcançam seus objetivos de perda de peso e que desenvolvem outras condições derivadas da obesidade, podem receber indicação para realizarem  cirurgia bariátrica. O paciente deve ser informado dos riscos e potenciais complicações.
  • Nesses casos, a cirurgia deve ser realizada em centros que realizam grande número desses procedimentos já que as evidências indicam que pacientes de cirurgiões que os realizam com freqüência tendem a ter menos complicações no pós-cirúrgico.

REFERÊNCIAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?303
http://www.afh.bio.br/digest/digest4.asp

Postado por: Mônica Kallyne

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