Calcificação é a deposição anormal de sais de cálcio nos tecidos. Dependendo da situação e alteração funcional do tecido, podem ocasionar calcificações distróficas e metastáticas.
Calcificações distróficas:
Relacionam-se com áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas. Ela ocorre em duas etapas. A primeira é intracelular na mitocôndria da célula morta ou lesionada onde ocorre a acomodação dos hexágonos de hidróxiapatita tumeificando a mitocôndria, e a segunda fase extra celular ocorre em estruturas chamadas vesículas de matriz formadas a partir de células degeneradas onde fosfolipidios ácidos agem como captadores de cálcio precipitando o acumulo dos hexágonos de hidróxiapatita formando assim as calcificações distróficas. Sendo comum em áreas necrosadas, portanto sem função, a calcificação distrófica não traz maiores conseqüências para o local. Ela é antes de tudo um sinal da existência de uma lesão prévia.
Nesse corte histológico, nota-se um núcleo central de calcificação distrófica em placa de ateroma (PA), o qual se localiza entre a túnica íntima (TI) e a túnica média (TM). Esse processo constitui uma complicação da aterosclerose, e pode evoluir levando a perda da elasticidade da parede do vaso e a outros processos de alteração circulatória.
Calcificações metastáticas:
Ela não tem sua causa primária fundamentada nas alterações regressivas teciduais, mas sim em distúrbios dos níveis sanguíneos de cálcio, ou seja, da calcemia. Ela é originada de uma hipercalcemia. Essa situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos ou à dieta excessivamente rica desse íon. A hipercalcemia pode ser causada por intoxicação por vitamina D, aumento do metabolismo ósseo ou hiperparatireoidismo. A alta concentração de cálcio no sangue facilita a preposição de cálcio nas células formando calcificação.
Detalhe da calcificação metastática em foice cerebral (seta). Note que a estrutura possui superfície irregular, constituindo uma alteração de forma que causa uma alteração funcional não compensada.
http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoartecal3.htm
http://www.unirio.br/dmp/Graduacao/Medicina/Patologia/Calcifica%C3%A7%C3%B5es%20Patol%C3%B3gicas.pdf
Postado por: Rodrigo Brandão
Nenhum comentário:
Postar um comentário