domingo, 28 de fevereiro de 2010

OSTEOPOROSE

Doença que atinge os ossos, causando fragilidade. Ocorre quando a quantidade de medula óssea diminui, deixando os ossos ocos, finos, sensíveis e mais sujeitos a fraturas. Três em cada quatro pessoas afetadas pela osteoporose são do sexo feminino, pois na menopausa a queda de estrogênio (que ajuda a manter a perda e o ganho de medula óssea) faz com que os ossos percam cálcio e fiquem porosos.

                                               

    ' osso normal '                                            ' osso poroso ' 

Os locais mais afetados pela osteoporose são:

  • Coluna: por causa de fraturas nas vértebras, as mulheres perdem altura com a idade;

  • Fêmur: é a mais comum e sua recuperação é lenta;

  • Punho: também é bastante comum por ser um dos pontos de apoio que possuímos;

  • Quadril: são difíceis de cicatrizar e pode até deixar a pessoa inválida.
O método de diagnóstico da osteoporose mais difundido é a Densitometria Óssea. É importante a pesquisa de fatores de risco, como o histórico de osteoporose na família, vida sedentária, baixa injestão de cálcio, entre outros.
A osteoporose progride lentamente e os sintomas raramente aparecem. Ela é percebida apenas quando surgem fraturas acompanhadas de dores agudas.
A osteoporose pode ser tratada com cálcio, vitamina D, exposição ao sol, exercícios apropriados e, em alguns casos, com medicamentos (alendronato, risedronato, ibandronato, raloxifeno e calcitonina).

REFERÊNCIAS:
http://www.gineco.com.br/ostetrat.htm .

Postado por: Mônica Kallyne

sábado, 27 de fevereiro de 2010

MORTE CELULAR, NECROSE E APOPTOSE

MORTE CELULAR


Agentes lesivos, quando agem sobre células do organismo, causam lesões reversíveis ou irreversíveis, dependendo da intensidade e duração da agressão. Alterações como tumefação mitocondrial, perda das cristas, depósitos flaculares da matriz, bolhas e solução de continuidade na membrana são indicativas de morte celular. Mas, às vezes, a morte celular ocorre tão rapidamente que não é precedida de lesões degenerativas.


Se a morte celular for seguida de autólise (degradação dos compartimentos celulares realizadas pelas enzimas da própria célula, liberadas pelos lisossomos após a morte celular) o processo recebe o nome de necrose. Há um tipo de morte celular, chamada de apoptose e conhecida como morte celular programada, que ocorre quando a célula é estimulada a acionar mecanismos que programam sua morte.

 

NECROSE


Denominamos de necrose quando ocorre morte de um tecido ou parte dele em um organismo vivo. Os agentes agressores produzem necrose por redução de energia; produção de radicais livres; ação sobre enzimas e agressão à membrana citoplasmática.


Alguns tipos de necrose:

  1. Necrose por Coagulação ou Necrose Isquêmica: a células necrosadas apresentam alterações nucleares e citoplasma com aspecto de substância coagulada;
  2. Necrose por Liquefação ou Necrose por Coliquação: a zona necrosada adquire consistência mole, semifluida ou liquefeita;
  3. Necrose Lítica: a zona necrosada sofre lise ou destruição;
  4. Necrose Caseosa: a zona necrosada apresenta transformação das células em uma massa homogênea, perdendo totalmente seus detalhes estruturais, e torna-se acidófila;
  5.  Necrose Gomosa: o tecido necrosado assume aspecto compacto e elástico ou fluido e viscoso;
  6. Necrose Fibrinóide: o tecido necrosado assume um aspecto hialino e acidófilo.
APOPTOSE

Apoptose é conhecida como morte celular programada, mas a definição correta é morte celular não seguida de autólise. Ocorre de forma ordenada e necessita de gasto de energia para a sua execução. A célula que realiza apoptose é fragmentada e endocitada por células vizinhas. Em condições normais, a apoptose participa do controle da proliferação e diferenciação celular. Ela pode ser desencadeada por estímulos exógenos (agem em receptores de membrana) ou por estímulos endógenos (gerados após a agressão) e ainda pode ser desenvolvida por estímulos que atuam em receptores que possuem domínio de morte; por estímulos externos que não agem em receptores de membranas; por perda do estímulo trófico ou da ancoragem na matriz extracelular ou em outras células e por substâncias que agem diretamente na membrana.

REFERÊNCIAS
Geraldo Brasileiro Filho; Bogliolo, Patologia Geral; Terceira Edição; Guanabara Koogan .

Postado por: Emerson Oliveira

LESÕES CELULARES

Lesão, também conhecida como processo patológico, é o conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nos tecidos após agressões. Elas começam, evoluem e podem ser curadas ou se tornarem doenças crônicas.


As lesões celulares podem ser reversíveis (alterações celulares que podem voltar à normalidade através da retirada do estímulo ou da intensidade da agressão) ou irreversíveis (a célula não consegue se adaptar, dando origem a alterações permanentes).

Causas das lesões celulares


  • Hipóxia: redução do fornecimento de oxigênio às células, afetando a respiração aeróbica e a capacidade de gerar ATP. É causada pela isquemia, oxigenação inadequada, entre outros;

  • Agentes físicos: através da força mecânica, variações da pressão atmosférica, variações de temperatura, eletricidade, radiações e ondas sonoras;

  • Agentes biológicos: vírus (se ligam a receptores da superfície da célula), bactérias (depende da expressão dos componentes da estrutura bacteriana), fungos, entre outros;

  • Agentes químicos: venenos, medicamentos, entre outros, que provocam lesões pela ação direta sobre células ou interstício e pela ação indireta (atua como antígeno);

  • Alterações nutricionais: obesidade, mal-nutrição;

  • Defeitos genéticos: anemia falciforme;

  • Reações imunológicas: doenças auto-imunes, lesão causada por resposta à inflamação.
Mecanismos das lesões celulares

  • Diminuição do ATP: a falta de energia produz falha nas bombas de sódio e potássio, fazendo com que entre Na e água na célula e saída de K, produzindo edema intracelular;

  • Dano mitocondrial: as mitocôndrias são lesadas por diversos motivos e o aparecimento de poros nela pode ocasionar a morte celular;

  • Influxo celular e perda da homeostasia do cálcio: a falha na bomba de cálcio promove a sua entrada desordenada na célula, acumulando muito cálcio no citoplasma. Esse cálcio provoca a ativação de enzimas que inativam o ATP e causam lise das fosfolipases, proteases e endonucleases;

  • Acúmulo de radicais livres do oxigênio: as principais consequências de agressões por radicais livres são peroxidação dos lipídios das membranas, oxidação de proteínas e lesões do DNA;

  • Defeitos na permeabilidade das membranas: a perda da permeabilidade seletiva da membrana celular permite a entrada ou escape de substâncias.
REFEÊNCIAS:
Geraldo Brasileiro Filho; Bogliolo, Patologia Geral; Terceira Edição; Guanabara Koogan.

Postado por: Mônica Kallyne

Calcificações Patológicas.

Calcificação é a deposição anormal de sais de cálcio nos tecidos. Dependendo da situação e alteração funcional do tecido, podem ocasionar calcificações distróficas e metastáticas.

Calcificações distróficas:

Relacionam-se com áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas. Ela ocorre em duas etapas. A primeira é intracelular na mitocôndria da célula morta ou lesionada onde ocorre a acomodação dos hexágonos de hidróxiapatita tumeificando a mitocôndria, e a segunda fase extra celular ocorre em estruturas chamadas vesículas de matriz formadas a partir de células degeneradas onde fosfolipidios ácidos agem como captadores de cálcio precipitando o acumulo dos hexágonos de hidróxiapatita formando assim as calcificações distróficas. Sendo comum em áreas necrosadas, portanto sem função, a calcificação distrófica não traz maiores conseqüências para o local. Ela é antes de tudo um sinal da existência de uma lesão prévia.

Nesse corte histológico, nota-se um núcleo central de calcificação distrófica em placa de ateroma (PA), o qual se localiza entre a túnica íntima (TI) e a túnica média (TM). Esse processo constitui uma complicação da aterosclerose, e pode evoluir levando a perda da elasticidade da parede do vaso e a outros processos de alteração circulatória.

Calcificações metastáticas:

Ela não tem sua causa primária fundamentada nas alterações regressivas teciduais, mas sim em distúrbios dos níveis sanguíneos de cálcio, ou seja, da calcemia. Ela é originada de uma hipercalcemia. Essa situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos ou à dieta excessivamente rica desse íon. A hipercalcemia pode ser causada por intoxicação por vitamina D, aumento do metabolismo ósseo ou hiperparatireoidismo. A alta concentração de cálcio no sangue facilita a preposição de cálcio nas células formando calcificação.


Detalhe da calcificação metastática em foice cerebral (seta). Note que a estrutura possui superfície irregular, constituindo uma alteração de forma que causa uma alteração funcional não compensada.

Referências:

http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoartecal3.htm
http://www.unirio.br/dmp/Graduacao/Medicina/Patologia/Calcifica%C3%A7%C3%B5es%20Patol%C3%B3gicas.pdf

Postado por: Rodrigo Brandão

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Patologia causada durante o aleitamento materno

O alimento mais completo e saudável para o bebê é o leite materno. A amamentação é importante para a saúde física e emocional tanto da mãe quanto do seu bebê e reflete, assim, em uma família saudável com menos custos econômico e ambiental, ou seja, proporciona redução de gastos com a saúde, pois diminui as internações no primeiro ano de vida das crianças, contribuindo com a preservação do ambiente. O leite materno contém todas as vitaminas, proteínas e nutrientes de que uma criança precisa para se desenvolver adequadamente e a amamentação protege a mãe contra o câncer de mama.
Mas a amamentação pode trazer alguns problemas para a mulher, como por exemplo, fissuras e rachaduras nas mamas da mesma ocasionada devido ao posicionamento ou pegada errada na hora da amamentação. Essas rachaduras podem levar ao ingurgitamento, e este pode levar à mastite.



 
 
 
 
 
 

 
MASTITE
 
É uma inflamação da mama que pode produzir abscessos. Atualmente, este termo é usado também para indicar o incômodo que algumas mulheres sentem na mama todo mês antes de menstruar. A mastite ocorre durante a amamentação devido a retenção de fluido na mama e ao aumento do tecido glandular que podem ser sentidos como uma saliência na mama.


A responsável por essas mudanças é a variação hormonal feminina que ocorre mensalmente. Na maioria das vezes, são as fissuras a porta de entrada para os germes, especialmente o Staphylococcus aureus, que provocam a mastite. A mastite causa dor local intensa, febre, mal-estar e a mama apresenta-se com edema, hiperemia e calor.
Para tratar as rachaduras e evitar uma possível mastite, a mãe deve continuar amamentando, mas corrigindo os possíveis problemas, como o posicionamento e a pegada. Caso as rachaduras não cessem, a mãe deve continuar tentando melhorar o posicionamento, primeiro amamentando pela mama sadia para depois amamentar com a que possui rachaduras; expor as mamas aos raios de sol ou luz artificial (ex: lâmpada artificial de mais ou menos 40 watts numa distancia de 30cm); ordenhar manualmente o excesso de leite para evitar a retenção de leite.

O tratamento da mastite é conduzido com antibióticos antiestafilocócicos e esvaziamento suave e completo da mama comprometida, prevenindo, assim, o ingurgitamento e mantendo o suprimento do leite.

Quando ocorre a formação de abscesso, é indicada uma drenagem cirúrgica e, frequentemente, a interrupção temporária da amamentação no seio afetado.

Dicionário de termos médicos, enfermagem e radiologia .

Postado por: Cícero Isaac

Um pouco sobre a Patologia ...

A Patologia (pathos: sofrimento, doença; e logia: ciência, estudo), como seu próprio nome define, é a ciência que estuda as doenças em geral sob determinado aspecto. É devotada ao estudo das alterações estruturais e funcionais de células, tecidos e órgãos que já estão ou podem estar sujeitos a doenças, tentando explicar as razões e a localização dos sinais e sintomas manifestados pelo paciente para fornecer uma base para os cuidados clínicos e a terapia.
A Patologia é dividida em:

  • Patologia geral: estuda os fenômenos que ocorrem de forma semelhante em todas as células e tecidos do organismo. Está associada com as reações básicas das células e tecidos a estímulos anormais provocados pelas doenças.

  • Patologia especial: estuda as doenças de um determinado órgão ou sistema, examinando suas respostas específicas a estímulos mais ou menos bem definidos.
 A Patologia engloba áreas diferentes como a Etiologia (estudo das causas das doenças em geral), Patogenia (estudo dos mecanismos das doenças), Anatomia Patológica (estudo das alterações morfológicas de células e tecidos denominadas de lesões) e a Fisiopatologia (estudo dos distúrbios funcionais dos órgãos afetados).

REFERÊNCIAS: Geraldo Brasileiro Filho; Bogliolo, Patologia Geral; Terceira Edição
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia

Postado por: Mônica Kallyne

sábado, 20 de fevereiro de 2010

DERMATITE CAUSADA POR PAEDERUS IRRITANS


O Paederus irritans, mais conhecido como potó, é um inseto da ordem Coleóptera que, quando ameaçado, secreta pederina (substância cáustico-vesicante) que é responsável por uma irritação local semelhante a uma queimadura. Latigazo (conhecido também como pederose) é o nome popular da dermatite causada pela secreção desta substância.
A lesão ocorre quando o potó é acidentalmente esfregado ou até mesmo tocado enquanto caminha sobre a pele da vítima. quando entra em contato com a pele, a pederina provoca lesão eritematosa (8 a 10 horas após o contato) seguida de uma sensação de queimadura e prurido (48 horas após) por todo o local onde o inseto foi esfregado. Após essas 48 horas, surgem bolhas e vesículos que secam em seis a oito dias, deixando escaras pigmentadas que persistem por um ou mais meses. Curam ao longo de várias semanas, mas deixam cicatrizes escuras.






Essas lesões são mais comuns em períodos chuvosos. Esse inseto possui hábito noturno, buscando sempre a luz. Por isso a maioria dos casos ocorre quando a vítima está dormindo. Os principais locais que o inseto atinge são as dobras de pernas e braços, pescoço e região facial, próximo ao olho.









SINTOMAS DE ACORDO COM O CASO:

  • Casos Leves: eritema local que dura 48 horas;
  • Casos Moderados: prurido, ardor e eritema mais intensos, formando vesículas que secam entre 6 e 8 dias; hiperpigmentação por um ou mais meses;
  • Casos Graves: febre, dor na articulação e vômitos e a lesão cutânea persiste por meses.
Deve-se lavar, logo após o contato, o local com água e sabão. O tratamento pode ser feito com uso imediato de tintura de iodo (destrói a pederina), com compressas de permanganato de K+ em lesões e, quando os olhos forem atingidos, deve-se usar colírio com corticóide.
Os que sofrem essas queimaduras não devem passar filtro solar antes que as bolhas cicatrizem nem pomadas para evitar assaduras em bebês e devem procurar não tomar sol no local atingido por pelo menos dois meses.

REFERÊNCIAS:
http://www.gabmilitar.ma.gov.br/pagina.php?IdPagina=940 ;
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S003786822002000100005&script=sci_artt

Postado por: Mônica Kallyne

Flávio Furtado de Farias ...


Dentista formado pela UFPI, com mestrado em Microbiologia e Doutorado em Patologia pela UFMG. É professor de Patologia e TCC da Faculdade de Ciências Aplicadas Dr. Leão Sampaio e um completo apaixonado pela Enfermagem.